Saturday, March 18, 2006

Walk the Line (2005)

Classificação: 8,5

Género: Musical/Biografia/Romance

Argumento: J.R. Cash inicia-se na música enquanto cresce numa fazenda em Arkansas durante a Grande Depressão. Cash tem uma relação muito próxima com o seu irmão Jack que morre num acidente. O seu pai culpa-o pela morte e por isso a entrada na Força Áerea e a ida para a Alemanha serviu de escape à pressão que estava sujeito. Inspirado no filme, “Inside the Walls of Folsom Prison”, compõe a música “Folsom Prison Blues”. Mais tarde deixa a Força Áerea, casa-se e começa por ser um vendedor de porta-a-porta em Memphis. No entanto, o seu verdadeiro talento está na música. Consegue obter uma audição e grava de imediato um disco. Entra em tour e conhece June Carter, de quem desde novo admirou. A sua nova vida acaba por levar ao fim do seu casamento. Acaba por ficar dependente de drogas. O filme termina com um concerto onde Johnny e June actuam em conjunto e no qual June acaba por aceitar a sua proposta de casamento.

Comentário: Wow, what a film! Este foi o meu sentimento quando saí da sala de cinema. Walk the Line é electrizante desde o 1 minuto. Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon assentam nos pápeis de Johnny Cash e June Carter como uma luva. Ambos têm óptimas interpretações e note-se: as vozes são dos próprios (não há playback). Fiquei surpreso com a voz de Reese pela positiva. Não conhecia as músicas de Cash. No filme podemos ouvir várias e são todas boas. Para além das actuações em palco (que por si só são mágicas!), o filme mostra-nos a transformação pessoal de Johnny e a luta pelo seu grande amor June Carter (Reese Witherspoon).
O filme ganhou os Globos de Ouro de Melhor Filme (comédia ou musical), e Melhor Actor (comédia ou musical para Joaquin Phoenix) e Melhor Actriz (comédia ou musical para Reese Witherspoon). Nos Óscares apenas Reese foi premiada.
Para mim é sem dúvida um dos melhores filmes de 2005 (algumas das melhores cenas: primeira audição de Johnny em que canta Folsom Prison Blues e o concerto final em que canta Ring of Fire). De resto, não resisto.... aqui vai mais uma letra de uma música

I hear the train a comin
'it's rolling round the bend
and I ain't seen the sunshine since I don't know when,
I'm stuck in Folsom prison, and time keeps draggin' on
but that train keeps a rollin' on down to San Anton..
When I was just a baby my mama told me. Son,
always be a good boy, don't ever play with guns.
But I shot a man in Reno just to watch him die
When I hear that whistle blowing, I hang my head and cry..
I bet there's rich folks eating in a fancy dining car
they're probably drinkin' coffee and smoking big cigars.
Well I know I had it coming, I know I can't be free
but those people keep a movin'and that's what tortures me...
Well if they'd free me from this prison,
if that railroad train was mine
I bet I'd move just a little further down the line
far from Folsom prison, that's where I want to stay
and I'd let that lonesome whistle blow my blues away.....

Thursday, March 16, 2006

Coisa Ruim (2006)

Classificação: 7,5

Género: Drama/ Thriller

Argumento: Uma família herda uma mansão numa aldeia no interior de Portugal e muda-se para lá. Desde os primeiros dias esta família urbana enfrenta dificuldades para se estabelecer e conviver nesta vila interior que representa o Portugal profundo e ruralizado cheio de mitos e lendas.

Comentário: Este filme é provavelmente dos melhores filmes portugueses que já vi. Partilha o tema com filmes como o The Others e Sixth Sense, embora seja mais semelhante ao primeiro. Este filme vai decerto agradar aos fãs deste género…

Coisa Ruim (que em inglês será Bad Blood) foge ao urbanismo presente na maioria dos filmes portugueses e centra-se nas crenças e lendas presentes na memória colectiva destes povo perdidos no Portugal profundo. Estas crenças de amaldiçoamentos e exorcismos são ao longo do filme contrapostos ao racionalismo urbano, possuindo uma explicação científica para todos os factos, até que se começam a ver envolvidos por estes…

A existência de espíritos perdidos que pairam sobre a terra até irem para outro mundo, ou por terem contas a ajustar ou porque deixaram algo por fazer é novamente questionada. Eu pessoalmente acredito em espíritos e vocês....

O Crime do Padre Amaro (2005)


Classificação: 7,0

Género: Romance

Argumento: Um padre recém-chegado da província chega a um bairro social periférico de Lisboa para substituir um pároco falecido. Neste bairro, para além de enfrentar uma população cada vez menos crente na Igreja acaba de chegar a um bairro social, é também confrontado com o desejo carnal que lhe provoca um conflito interior e leva-o a questionar a sua vocação.

Comentário: Já vi este filme há algum tempo no cinema, mas dado que este blog não contém ainda comentários a filmes portugueses decidi dar uma ajuda. Este filme constitui uma adaptação aos tempos modernos da obra de Eça de Queirós. A história central reside na tentação vivida pelo padre Amaro provocada pela sedutora Amélia. Imaginem a interpretação desta actriz que tem atributos para “provocar” um padre cheio de convicção na sua vocação, pelo menos quando chega a Lisboa.

Este filme acaba também por retratar vários problemas da sociedade moderna, dando especial atenção aos vividos nos bairros sociais, através de pequenas histórias paralelas aos personagens centrais do filme. Outra questão também actual e sobre a qual nos podemos debruçar é o celibato dos padres.

O crime do padre Amaro consegue juntar um elenco nacional bom e é um bom filme português mas está longe de ser imperdível.