Tuesday, December 26, 2006

Cinderella Man (2005)


Classificação: 8,5

Género: Acção/ Drama

Argumento: Nos anos 20, James Braddock (Russell Crowe) era uma promessa no boxe, mas a combinação de um ferimento grave na mão com a derrota no combate contra Tommy Loughran acabou com a sua carreira. Durante a Grande Depressão, Braddock acaba a trabalhar nas docas de Nova Iorque para sustentar a mulher, Mae (Renée Zellweger), e os três filhos. Desesperado por dinheiro, Braddock procura o antigo treinador e agente, Joe Gould (Paul Giamatti), que lhe arranja um combate contra John Griffin, começando aí a produzir-se uma grande história.

Comentário: Com nomeações para melhor actor secundário nos Óscares e Globos de Ouro (Paul Giamatti) e outra para melhor actor nos Globos de Ouro (Russel Crowe), parece-me que este filme merecia outro tipo de reconhecimento.

Baseada em factos reais, a história está extremamente bem contada, para o que contribui um Russel Crowe ao seu melhor estilo e um Paul Giamatti que parece ter sido feito à medida de certos tipos de papéis, onde se inclui nomeadamente este. Pena é a falta de protagonismo de Renée Zellweger, que acaba por cair um pouco no limitado estereótipo de dona de casa dedicada, sem grande margem para brilhar.

Reconhecidamente, o filme tem início de uma forma um pouco enfadonha mas à medida que se sucedem os combates de boxe, somos rapidamente embrenhados na história, à boa maneira de um dos melhores Rocky’s.

Uma palavra ainda para o cenário do filme, a Grande Depressão no início dos anos 30 nos EUA., fornecendo imagens que podem ajudar a compreender as dificuldades extremas sentidas na altura.

Scoop (2006)


Classificação: 7,5

Género: Comédia/ Fantasia/ Mistério

Argumento: Realizado por Woody Allen, este filme tem início com a conversa que um jornalista recém-falecido tem com uma outra recém-falecida, no barco da Morte. Esta diz-lhe que era secretária de um jovem milionário (Hugh Jackman) e que poderá ter sido envenenada por estar perto de descobrir que o patrão é o afamado “Tarot Card Killer”, que anda a matar prostitutas nas ruas de Londres. Numa tentativa de conseguir o seu último "furo" jornalístico, o jornalista consegue então fugir por instantes do barco da Morte e aparece a meio de um espectáculo de magia de um ilusionista americano (Woody Allen), dentro da cabine do desaparecimento, onde está uma jovem candidata a repórter (Scarlett Johansson). Tudo se desenrola a partir daí.

Comentário: Na minha opinião, esta comédia ligeira é recomendável apenas para fãs de Woody Allen. Não sendo nenhuma obra-prima (a anos luz de Matchpoint ou de A Maldição do Escorpião de Jade), o filme vale sobretudo pelo registo cómico a que Woody Allen nos tem vindo a habituar (o chamado “mais do mesmo”), em que o realizador continua a gozar com as suas próprias neuroses e maniasinhas. Pessoalmente, acho este tipo de humor delicioso mas consigo perceber que nem toda a gente ache o mesmo.

A novidade neste filme reside na introdução de uma certa fantasia, não muito habitual nos filmes de Woody Allen, vísivel nas aparições do jornalista que já devia estar no Mundo dos Mortos.

Podendo ser acusado de ser um bocadinho “parado”, o filme não deixa de ser bastante divertido e além disso é sempre agradável ver em acção a formosa (minha MUSA!!) Scarlett Johansson. O par formado com Hugh Jackman não é nada de mind blowing mas não vai mal.